DOURO: Direcção de Cultura do Norte investirá 7.4 ME na valorização do património
A Direcção Regional da Cultura do Norte (DRCN) vai investir 7.4 milhões de euros em quatro projetos de valorização do património da região do Douro, onde se inclui a musealização da Fonte do Milho, na Régua.
Paula Silva, diretora da DRCN, afirmou no decorrer da apresentação dos projetos apoiados pelo Programa Operacional Regional do Norte (ON.2 – O Novo Norte) para o Douro, que o “turismo cultural está a ganhar dimensão à escala mundial”.
E é precisamente para desenvolver este tipo de turismo na mais antiga região demarcada do mundo que a DRCN vai avançar com quatro projetos que implicam um investimento na ordem dos 7.4 milhões de euros, comparticipados pelo FEDER.
“O objetivo é divulgar o vinho, diversificar a oferta e solidificar o que já existe”, salientou a responsável.
Na musealização da Fonte do Milho vão ser gastos 1,2 milhões de euros, num projeto que conta com a parceria da Câmara da Régua e visa dar visibilidade aos vestígios de lagares de azeite e de vinho construídos há cerca de dois mil anos pelos romanos.
O monumento, situado nas encostas do Douro no meio de vinhas, está afeto ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) desde 1992.
“É um dos mais antigos testemunhos da produção de vinho da Região Demarcada do Douro e o seu estudo vai-nos proporcionar mais conhecimento da actividade vinícola desde a ocupação romana”, salientou.
Para além do estudo e valorização das ruínas, o projeto prevê a construção de um núcleo museológico interpretativo da Fonte do Milho na aldeia de Canelas.
Na criação da rede de monumentos do Vale do Douro serão gastos 1,9 milhões de euros para dotar este património de condições de visita pública, nomeadamente a nível da segurança e acessibilidade, para além das ações de conservação e restauro.
Estão incluídos nesta rede as igrejas de Freixo de Espada à Cinta, de Torre de Moncorvo e Almendra, o Castelo de Numão, as vilas amuralhadas de castelo Melhor e do castelo de Ansiães, os sítios arqueológicos de Castelo Velho de Freixo de Numão e de Castanheiro do Vento, o museu de Pré História de Freixo de Numão, Casa de Sebadelhe e castelo de Miranda do Douro.
Em parceria com a Câmara de Mesão Frio, a DRCN vai requalificar o castro de Cidadelhe, classificado como Imóvel de Interesse Público e em fase de afetação a esta direção regional.
O investimento de um milhão de euros tem em vista a valorização turística na oferta regional.
Por fim, o projeto “Vale do Varosa” vai gastar 3.1 milhões de euros na valorização e promoção dos mosteiros de São João de Tarouca e de Santa Maria de Salzedas, no Convento de São Francisco de Ferreirim, na Torre Fortificada de Ucanha e na Capela de São Pedro de Balsemão.
Aqui está, segundo Paula Silva, concentrado o “maior conjunto monumental” do Douro, que já é visitado anualmente por 30 mil pessoas.




