Adeptos vibraram nas bancadas com treino de Portugal

O dia era de treino, mas cerca de três mil pessoas foram hoje ver a seleção portuguesa de futebol, na Covilhã, como se de um jogo se tratasse.

No segundo apronto aberto ao público, as bancadas do Complexo Desportivo da Covilhã estiveram pintadas com as cores nacionais. Os covilhanenses vestiram as camisolas da seleção, levaram os cachecóis, as bandeias e gritaram com entusiasmo os golos marcados no treino.

“Ó Levezinho, és o maior!”, “Miguel Veloso, és um pão!”, ia dizendo Ascensão Seco, de 57 anos, uma das mais efusivas na bancada. Ao lado do marido, foi fazendo comentários para o relvado, e provocando gargalhadas em quem estava à volta. Quando Liedson reagiu às sucessivas chamadas, ao olhar para Ascensão, soaram fortes aplausos.

“Eu nem tenho o almoço pronto, mas não quero saber, agora estou aqui para animar toda a gente”, frisou a adepta da Covilhã, para logo de seguida continuar: “Nani, vai comigo para casa”.

De camisola com a bandeira da África do Sul vestida, boné e cachecol de cor verde e vermelha, Ivo de Sousa, madeirense, está há 45 anos emigrado no país que vai acolher o Mundial de futebol e aproveitou as férias em Portugal para se deslocar à Covilhã, propositadamente para ver a equipa das quinas.

Residente em Pretória, lamenta ficar longe do local de estágio onde os escolhidos por Carlos Queiroz vão ficar instalados. “Espero que cheguem às meias finais para poder estar por perto”.

Sentado com a esposa nas bancadas do Complexo Desportivo da Covilhã, mostra-se surpreendido com o ambiente encontrado. “Isto é um treino, pensava ver aqui cem ou duzentas pessoas e encontro o estádio meio. É incrível”, realça.

Só lamenta ainda não poder ver o conterrâneo Cristiano Ronaldo, mas diz-se “impressionado com o Nani”.

Paulo Batista, covilhanense de 37 anos, quis levar o filho de quatro anos a ver os melhores jogadores nacionais. “É uma oportunidade única, pena ainda não estarem cá todos, se puder volto cá”.

O ambiente de festa nas bancadas não surpreendeu Paulo Batista. “Já estava a contar com este apoio. Só é pena não darem mais bilhetes. Se têm espaço, não percebo porque não deixam entrar mais gente. Eu conheço quem queria vir e não conseguiu um bilhete“, censurou.

Hoje foi apenas o segundo de seis treinos a que o público pode assistir na Covilhã e os adeptos garantem que a onda de entusiasmo será crescente. O momento por que muitos mais aguardam é a chegada de Cristiano Ronaldo. Até lá, promete Ascensão Seco, “os que cá estão vão sentir que estamos com eles”.

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