Primeiro dia do Rock in Rio Lisboa contou com 81 mil pessoas

Cerca de 81 mil pessoas assistiram na sexta feira ao concerto de Shakira, que encerrou o primeiro dia do Festival Rock in Rio Lisboa, no Parque da Bela Vista.

O anfiteatro natural do recinto estava completamente preenchido, desde o Palco Mundo até ao espaço VIP, para ver a cantora colombiana ao vivo numa noite de verão antecipado.

Shakira foi buscar os temas mais antigos, dos álbuns “Laundry Service” ou “Fijacion oral”, misturou ritmos latinos, árabes e jamaicanos e apenas apresentou duas canções do novo registo “She wolf”, até porque a digressão oficial só arranca em setembro.

Apesar de quinze minutos atrasada, o que lhe valeu fortes assobiadelas, Shakira conquistou o público com “La tortura”, “Whenever, wherever”, a balada “Underneath your clothes”, o tema “She wolf” e o perfeito português com que dialogou com a audiência, afirmando estar “muito feliz” por cantar para os portugueses e para os colombianos que fizeram questão de assinalar a sua presença.

Shakira tocou guitarra e harmónica, mostrou o jogo de cintura e o menear de ancas, comprovado aliás no tema “Hips dont lie”, que interpretou já no “encore”.

Com Ivete Sangalo bem se pode dizer: se o Rock in Rio não vai ao Brasil, vem o Brasil ao Rock in Rio Lisboa.

A cantora brasileira contaminou por completo a plateia do festival e só não levantou poeira do chão, porque, ao primeiro dia de evento, a relva ainda se aguentou aos milhares de espetadores que acorreram ao Parque da Bela Vista.

Acompanhada por um grupo de bailarinos, Ivete Sangalo cumpriu o que prometeu: pôr toda a gente a dançar, a cantar, a agitar os braços e a bater palmas.

O público conhecia bem as músicas da cantora, até porque muitos eram brasileiros, sobretudo os que estiveram na massa humana compacta em frente ao palco, agitando bandeiras verdes e amarelas.

Entre Shakira e Ivete Sangalo, esteve John Mayer, que sofreu precisamente por ter ficado entre dois “furacões” de palco.

Durante a atuação do músico norte-americano, em estreia em Portugal, houve tempo, entre o público, para jantar, relaxar na relva, tirar fotografias, enviar mensagens de telemóvel para os amigos e trocar umas ideias sobre outros assuntos.

Mesmo cativando com algumas palavras em português, John Mayer não agarrou o público por completo, apesar do virtuosismo na guitarra elétrica e acústica e da excelência dos músicos que o acompanharam.

O público manifestou-se sobretudo nos temas mais conhecidos, como “Bigger Body”, o acústico “Who says” ou “Crossroads” e em pontuais momentos de improvisação blues, especialmente no solo final, tocado de joelhos em reverência à guitarra elétrica.

Depois das atuações no Palco Mundo, a música no Rock in Rio continuou na tenda eletrónica, permanecendo aberta até às 04:00 com Deadmau5 e Calvin Harris, num dos espaços de contraponto ao palco principal.

A noite ficou marcada por distúrbios do lado de fora do recinto, com o registo de assaltos no Bairro do Armador e arremesso de pedras e garrafas a agentes da PSP, perto do Parque da Bela Vista, mas quem esteve no festival não deu por nada.

Além do pessoal técnico e de limpeza, no recinto do Parque da Bela Vista pernoitarão os escassos convidados do mini hotel que foi instalado este ano no Rock in Rio Lisboa.

O festival prossegue hoje com Elton John e os Trovante como cabeças-de-cartaz, aos quais se juntam Rui Veloso e Maria Rita, Tim e Mariza no palco Sunset, assim como Major Lazer na tenda eletrónica.

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