Ministro das Finanças alemão rejeita criação das eurobonds
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, afastou hoje numa entrevista a uma revista a possibilidade de virem a ser lançados os títulos de dívida europeus (‘eurobonds’) ou qualquer outro tipo de ativo conjunto da União Europeia.
Segundo disse o governante alemão à revista WirtschaftWoche, as responsabilidades conjuntas em termos de títulos de dívida levariam à criação de “falsos incentivos” e de um “enfraquecimento dos esforços de reforma” económica dos países europeus, noticia a agência Bloomberg.
Wolfgang Schaeuble esteve esta semana em destaque, ao afirmar na terça-feira que um terceiro resgate à Grécia será inevitável.
O ministro alemão declarou que vai haver um novo programa de ajuda financeira para a Grécia, o que levou a um desmentido imediato por parte do Governo de Atenas e a uma vaga de declarações sobre o assunto de altos responsáveis europeus.
Porém, já na quarta-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que qualquer decisão sobre um novo pacote de ajuda financeira à Grécia só será tomada no próximo ano ou em 2015, suportando as declarações de terça-feira do ministro das Finanças alemão.
“Fizemos progressos, mas a crise não acabou”, afirmou a governante, durante um evento de campanha eleitoral na cidade alemã de Schwaebisch Gmuend, acrescentando que a decisão sobre um terceiro resgate à Grécia será tomada em 2014 ou no ano seguinte.
A chanceler considerou ainda que as declarações de terça-feira do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, acerca da necessidade de haver um novo programa de assistência financeira à Grécia não trouxeram qualquer novidade.
“O que Schaeuble disse sobre a Grécia ontem [terça-feira], toda a gente sabia”, afirmou Merkel.
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, também apontou para a forte possibilidade de a Grécia vir a necessitar de um novo pacote de assistência financeira internacional, uma vez que o atual programa termina já no próximo ano.
Por seu turno, o Comissário Europeu para os Assuntos Financeiros e Monetários, Olli Rehn, afirmou na quarta-feira que um terceiro resgate à Grécia não é a única opção, admitindo uma extensão dos prazos de pagamento para os empréstimos concedidos.
O novo resgate seria o terceiro, depois de já ter visto aprovados dois programas de ajuda financeira no valor total de 240 mil milhões de euros.




