Qualificação Mundial 2014: Irlanda do Norte-Portugal (2-4)
Portugal. Sorrir, chorar, sofrer, respirar de alívio. Deu para tudo, em Belfast. Até para um condicionado “CR7” assinar um brilhante “hat-trick”. Portugal volta à liderança do grupo e continua na corrida pelo apuramento directo para o Mundial 2014.
Finalmente, temos Selecção. Chegou-se a questionar se haveria, de facto, estofo para lutar pelo apuramento directo ou, então, via “play-off” para o Mundial 2014. Capacidade, pelo menos, há, embora os pontos perdidos ao longo de uma campanha marcada por altos e baixos deixe a equipa das quinas a fazer contas.
É o fado de Portugal: estar permanentemente agarrado a uma qualquer calculadora para fazer equações sobre o futuro. Mas é igualmente o destino deste país ter um D. Sebastião que, emergido da neblina, possa guiar a nação à glória.
Temos capitão. Temos Ronaldo. A tempo inteiro, mesmo que nem perto de estar a cem por cento. Limitado durante toda a semana, mostrou-se algo tímido no relvado do Windsor Park. Surgiu ao minuto 68′ e destruiu um adversário que ainda pensou poder causar mais surpresa, depois do empate contra a Selecção, na primeira volta e da derrota imposta à Rússia.
Portugal regressa ao topo do Grupo F de qualificação para o campeonato do Mundo e é quase certo que não lhe escapará, pelo menos, o segundo lugar. Mas o que todos queriam era o apuramento directo. Faltam dois jogos para tentar esse desígnio. Assim o queria igualmente a Rússia, facilitando num dos três desafios que ainda tem pela frente.
Corropio de 95 minutos
A vertigem de uma partida sucede sempre que quase que nem nos apercebemos de que o tempo passa. Há muito a dizer, mas é preferível condensar tudo de forma célere.
Comecemos pelo fim. Ronaldo levou a bola para casa, à semelhança do que Messi já havia feito, num dia em que o Barcelona destruiu o Estugarda, para a Liga dos Campeões.
Hoje, o capitão da equipa das quinas não lhe ficou atrás e, após três golos – dois para a Irlanda do Norte e um para Portugal – o “CR7” tratou de corrigir erros próprios da Selecção e de uma arbitragem nem sempre condizente com a importância capital de um desafio como este.
Bruno Alves abriu o activo, McAuley empatou, Postiga foi expulso por agressão a este último e Ward fez o 2-1 para os britânicos em claro fora-de-jogo.
O avançado do Real Madrid estava discreto, algo até alheado, após uma semana em que trabalhou sempre de forma condicionada. Mas acabou por carregar a equipa às costas, brilhando ao apontar um “hat-trick”.
A superação de uma partida difícil surgiu com o talento notável e natural de um “super-atleta”. E continuamos na luta.




