Três mil alunos ficaram fora do Ensino Superior
Em 14 cursos os alunos entraram com 9.5 valores e 66 cursos não tiveram candidatos nesta primeira fase.
Mais de 90% dos candidatos a uma vaga no ensino superior conseguiram colocação na primeira fase do concurso nacional, com 37.415 dos 40.419 estudantes a conseguir colocação numa universidade ou politécnico, e em 60% dos casos no curso desejado.
De acordo com os dados divulgados pela Direcção Geral do Ensino Superior (DGES), 93% dos candidatos a frequentar o ensino superior conseguiu colocação na 1ª fase do concurso nacional, um registo superior ao de 2012, ano em que 90% dos alunos conseguiu ocupar uma das vagas a concurso.
Das vagas disponíveis no sistema público, 28.467 são em universidades e 22.994 em institutos politécnicos. Nas universidades a procura superou a oferta, com 29.190 alunos a candidatarem-se em 1ª opção a um curso universitário.
Já nos institutos politécnicos, apenas 49% das vagas preenchidas foram ocupadas por alunos que escolheram estas instituições como primeira opção.
Apesar de uma procura superior à oferta, ficaram por ocupar 3.891 vagas nas universidades (um aumento de mais de mil vagas sobrantes em relação às 2.867 por preencher em 2012). Nos politécnicos sobraram, na 1ª fase 10.285 vagas, um número superior às 9.439 que ficaram por ocupar em 2012.
Cursos com média negativa
Catorze cursos superiores públicos registaram a entrada de alunos com a nota mínima permitida – 9,5 valores – enquanto o curso de Medicina da Universidade do Porto teve a média mais alta – 18,1 valores.
Cursos como Gestão de Empresas, na Faculdade de Economia na Universidade do Algarve, Marketing, na Universidade da Beira Interior ou Enologia na Universidade de Trás-os-Montes são alguns dos 14 cursos do ensino superior público que este ano registaram 9,5 valores (numa escala de 0 a 20) como nota mínima de acesso.
Do lado das médias mais altas, os três registos mais altos pertencem a três cursos de Medicina, dois deles da Universidade do Porto.
A média mais elevada pertence ao curso da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (18,1 valores), seguida da média do curso de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, também da Universidade do Porto (18,07 valores), e em terceiro lugar ficou o curso da Universidade do Minho (17,92 valores). As notas de acesso nestes três cursos baixaram ligeiramente, em algumas décimas, em comparação com o ano anterior.
As médias dos exames nacionais do ensino secundário a Matemática e Biologia – provas fundamentais de acesso ao ensino superior para quem quer seguir o curso de Medicina – foram negativas, e os resultados médios a Matemática baixaram em relação a 2012, o que explica a descida das médias de acesso a Medicina.
Nenhuma vaga ficou por preencher nos sete cursos de Medicina existentes nas universidades portuguesas, entre os cerca de 1.300 lugares disponíveis.
Mais de 60 cursos sem candidatos
Na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, 66 cursos ficaram sem qualquer aluno colocado, quase todos a funcionar em institutos politécnicos e na área das engenharias.
De acordo com os dados divulgados pela Direcção Geral do Ensino Superior (DGES), o Instituto Politécnico de Bragança é a instituição pública de ensino superior que nesta fase de acesso apresenta o maior número de cursos sem qualquer aluno colocado (11).
Ainda em Trás-os-Montes, na Universidade com o nome da região, existem outros quatro cursos sem qualquer estudante colocado, o que faz desta zona do interior norte a área do território nacional mais representada na lista dos cursos sem alunos.
Quase todos os institutos politécnicos estão representados nesta lista, e a maior parte deles com mais de um curso.
Dos 66 cursos em causa, mais de 20 são em regime pós-laboral ou de ensino à distância.
Os números de acesso à primeira fase do concurso estão disponíveis na página de Internet da DGES.




