Função pública marca greve para 8 de Novembro
Paralisação foi marcada pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, para quem o Orçamento “contribui para o empobrecimento do país”.
Foi marcada para dia 8 de Novembro, sexta-feira, uma greve na função. O anúncio foi feito esta quarta-feira pela sindicalista Ana Avoila, da Frente Comum. É a reacção à proposta de Orçamento do Estado para 2014, ontem conhecida.
A dirigente sindical espera uma resposta forte dos trabalhadores e adiantou que as outras estruturas sindicais, como o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), vão também aderir.
Ana Avoila afirmou que a proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo Governo foi elaborada por “um grupo de falseadores” e “contribui para o empobrecimento do país”, surgindo “como um acto de vingança contra a decisão do Tribunal Constitucional” e ao chumbo das normas aplicadas à função pública.
A sindicalista afirmou que vai ser “uma mobilização extraordinária de resistência”, sublinhando que os trabalhadores “já não aguentam” mais cortes.
A Frente Comum manifesta uma posição de repúdio aos cortes anunciados para o próximo ano e fala num desastre nacional que não se pode aceitar.
Apesar dos trabalhadores da função pública serem os mais afectados pelas medidas do Orçamento do Estado para 2014, “toda a gente sabe que a seguir vêm os trabalhadores do privado”, acrescentou.
A sindicalista anunciou ainda um grande esforço de mobilização para a iniciativa da CGTP, no sábado em Alcântara, em alternativa à marcha na ponte 25 de Abril.
STE diz sim a 8 de Novembro
O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) anunciou hoje que alinha no protesto. A dirigente Helena Rodrigues fala em ataque brutal aos trabalhadores.
“Este é o pior momento desde 25 de Abril de 1974 e é o pior momento para os trabalhadores, muito em concreto para os da administração pública”, afirma.
A Federação Sindical da Administração Pública (Fesap) deixa a porta aberta, mas mostra-se disposta a contestar os cortes anunciados para 2014.
“Ao longo da próxima semana, tomaremos posição relativamente a todas as formas de luta possíveis e que estão em cima da mesa, com vista a mostrar a revolta dos trabalhadores da administração pública”, anuncia o sindicalista José Abrãao.
Na terça-feira, dia 22, os sindicatos reúnem-se com o Governo para discutir as medidas previstas para a administração pública.




