São João da Pesqueira teme justiça popular se o tribunal encerrar

Tribunal Sao João PesqueiraAlgumas centenas de pessoas participaram numa marcha lenta de protesto contra o anunciado encerramento do Tribunal Judicial de São João da Pesqueira, no distrito de Viseu. 

A marcha, entre os edifícios da Câmara e do Tribunal, fez-se envolta em luto e em silêncio, porque os pesqueirenses não aceitam perder um serviço que dizem ser "tão importante e necessário à população". 

No fim de marcha foi descerrada uma escultura que simboliza a "Justiça de Fafe", ou seja, "justiça feita pelas próprias mãos", que é o que o presidente do Município, José Tulha (PSD) teme que "possa acontecer nos sítios onde o tribunal vai encerrar". 

Mas o autarca ainda tem "esperanças que haja o bom senso de admitir que o encerramento de tribunais não é um projeto dignificante, até para o próprio país". Foi isso que já disse à ministra da Justiça e a outros membros do seu gabinete, não aceitando que os seus munícipes tenham de fazer centenas de quilómetros para tratar dos seus processos nos tribunais de Viseu, Lamego ou Moimenta da Beira. 

"São localidades para as quais "não há transportes diretos", acentuou a representante em São João da Pesqueira da Ordem dos Advogados, Elvira Márcia. Na sua opinião, "acabar com este serviço é acabar com as populações", mas tal como o autarca, ainda espera "conseguir que o projeto não vá para a frente". 

O edifício onde funciona o tribunal de São João da Pesqueira é propriedade da Câmara Municipal e o presidente já apresentou uma proposta ao Governo para que seja o Município a "suportar os custos da manutenção dos serviços", que andarão à volta dos "12 a 13 mil euros por ano", de modo a evitar o seu encerramento.

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