Ondas traiçoeiras mataram 12 em sete dias
Ondulação forte afeta área de 40 km desde a costa, mas desvaloriza-se tal perigo. Febre da dourada leva pescadores para perto das margens
No espaço de uma semana, 12 pessoas não resistiram à força mortífera das ondas cavaleiras na costa portuguesa. Os avisos das autoridades continuam a ser desvalorizados e quem se arrisca não sabe ao que vai.
Infeliz coincidência: em sete dias, 12 pessoas foram traídas pelas 'ondas cavaleiras' que atingem a costa portuguesa com mais incidência nesta altura do ano. No Meco – sete jovens universitários da Lusófona foram arrastados por aquele fenómeno marítimo e apenas um escapou com vida. E, anteontem, à noite, outros números iguais – bem perto daquele local, na Costa de Caparica, sete pescadores lúdicos naufragaram quando se aproximaram da zona de rebentação deste tipo de ondas (ler texto ao lado). Cinco morreram agarrados à embarcação e dois chegaram à margem – embora só um tenha sobrevivido -, aumentando-se, assim, a cifra negra para 12.
