Benfica ganha, convence, lidera e dedica

Benfica PortoFaltou mais FC Porto a um clássico dominado pelo Benfica. Os encarnados dedicaram o triunfo a Eusébio e saltam para a liderança do campeonato, no final da primeira volta.

Não foi exuberante, mas a exibição do Benfica acabou por ser mais do que suficiente para derrotar um FC Porto ainda à procura de uma identidade perdida. Faltou mais Porto a um clássico intenso, nem sempre bem jogado, mas com os encarnados sempre mais esclarecidos e determinados em conseguir a vitória.

Ainda não havia uma tendência clara de jogo, quando alguém esfregou a lâmpada mágica e surgiu o génio Markovic para conceder um desejo a Rodrigo. O avançado, num belo lance de futebol, fuzilou Helton, com o pé esquerdo, abrindo o marcador.

O meio-campo movediço do FC Porto abriu espaço para o domínio do Benfica. Os encarnados, mais confortáveis, aguentaram uma tímida reacção do adversário e foram controlando, sem, no entanto, criar perigo iminente. Jackson ainda assustou Oblak, no final do primeiro tempo. Cruzamento venenoso de Licá, com o avançado em fora-de-jogo, que não foi assinalado.

O Benfica foi uma equipa com mais rotação que os campeões nacionais. Carlos Eduardo e Lucho González foram sombras dos originais. Fernando cumpriu, mas o luso-brasileiro tem raio de acção mais recuado e não tem missão, nem vocação, para desequilibrar na zona de decisão.

Já Matic esteve bem presente para fazer a diferença. O sérvio, de saída para o Chelsea, vai, sem qualquer dúvida, fazer falta a Jorge Jesus.
O intervalo teria que servir de terapia para um dragão anestesiado, mas os jogadores do Benfica voltaram a surgir mais dentro do jogo. Foi, por isso, com naturalidade que os encarnados aumentaram a vantagem. Uma entrada poderosa de Garay, num pontapé de canto, batendo a concorrência de Mangala e fulminando Helton. Ainda faltava mais de meia hora para o final da partida, mas foi tempo desperdiçado pelo FC Porto e que o Benfica não foi capaz de aproveitar.

Quaresma entrou, mas não teve o efeito Kelvin. O Harry Potter não foi feliz, apesar de algumas tentativas individuais e o Porto não foi capaz de criar jogadas ameaçadoras para a baliza de Jan Oblak. Foi, pelo contrário, o Benfica que dispôs das melhores oportunidades, com Rodrigo e Matic a falhar lances de golo.

Danilo ainda foi expulso, num lance em que Soares Dias terá exagerado ao considerar simulação do lateral direito brasileiro. O árbitro não foi feliz, no segundo tempo, e, entre mais alguns erros, ficou uma grande penalidade por assinalar a favor do Benfica, imediatamente antes do golo de Garay, e, mais tarde, sobre Quaresma.

O Benfica teve, assim, oportunidade para dedicar a vitória a Eusébio, no primeiro jogo, depois da morte do Pantera Negra, numa exibição em que foi bem superior ao FC Porto. A liderança isolada é o resultado do 2-0, no clássico.

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