Centro de Kiev é palco de batalha campal. Confrontos fazem 14 mortos

Kiev

As autoridades referem seis polícias mortos, 39 atingidos a tiro e 100 feridos de outras formas.

Pelo menos 14 pessoas morreram, quatro delas polícias, nos confrontos entre as autoridades e os manifestantes da oposição na Ucrânia.

Ao início da tarde a polícia de choque começou a tomar posição à volta da Praça da Independência, dando aos manifestantes até às 16h00 para abandonarem o local (hora de Lisboa).

Sem que tenha havido alguma movimentação nesse sentido, a polícia carregou e as imagens que têm chegado de Kiev são de violência, com os manifestantes a dar luta à polícia e várias das tendas que têm servido de abrigo na praça ao longo dos últimos meses, a arder.

Há informação de pelo menos 14 mortos confirmados. As autoridades referem seis polícias mortos, 39 atingidos a tiro e 100 feridos de outras formas. Outras fontes falam em oito civis mortos, mas o número pode ser mais alto.

Cerca das 21h00 de Lisboa a agência Reuters dava conta da chegada do líder da oposição, Klitschko, ao palácio presidencial para dar início a conversações com o Chefe de Estado, e alvo da contestação popular, Yanukovitch.

A intervenção policial ocorreu horas depois de Moscovo ter desbloqueado 1,45 mil milhões de euros de ajuda financeira a Kiev. A Rússia tinha dito que apenas libertaria o dinheiro em troca de acções decisivas para pôr fim às manifestações. Já a União Europeia e os Estados Unidos tinham alertado o Governo para não agir com violência sobre os manifestantes.

Mas os protestos e os confrontos entre activistas e autoridades não se restringem a Kiev. Em Lviv, cidade próxima da fronteira com a Polónia, os manifestantes tomaram de assalto o Governo Regional e a sede da polícia.

Os problemas na Ucrânia começaram quando o presidente Yanukovich rompeu unilateralmente as negociações com a União Europeia aproximando-se política e economicamente da Rússia. Os manifestantes exigem o regresso a uma política centrada na adesão à UE e pedem a demissão de Yanukovich.

As divisões são agravadas por factores linguísticos, geográficos e religiosos. A maioria dos cidadãos que vivem no Leste do país falam russo, pertencem à Igreja Ortodoxa Russa e sentem-se próximos de Moscovo, enquanto os ocidentais tendem a falar ucraniano, ser fiéis da Igreja Ortodoxa da Ucrânia ou Católicos de rito bizantino e sentem-se mais próximos do Ocidente.

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