Alberto João Jardim: Portugueses “enganados” com reformas do Estado
O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, afirmou hoje que os portugueses "andam a ser enganados" com as promessas de reforma do Estado.
"Andamos aqui a ser enganados, porque ouvirmos falar da reforma de Estado e o que se vê não é acabar com aquilo que é inútil, mas cortar nos salários, pensões, reformas das pessoas e destruir uma classe média que é espinha dorsal de qualquer democracia", declarou Jardim, na inauguração das instalações de uma marca de automóveis no Funchal.
O governante insular insistiu na necessidade de uma revisão constitucional, frisando ser a única forma de mudar o sistema político.
"Aqui na Madeira precisamos mudar e não podemos ter autonomia fiscal sem ter revisão constitucional", vincou, criticando a postura dos partidos políticos que não viabilizam este processo.
Alberto João Jardim arqgumentou que "o sistema aglutinou-se num conservadorismo, os partidos políticos refugiaram-se nos seus interesses".
Para o chefe do executivo insular, "os partidos tomaram conta" do país "e, apesar de falarem de reforma de Estado são o principal obstáculo".
Jardim considerou também que seria "um absurdo pensar que uma região com a dimensão da Madeira podia ter evitado uma crise que é global e nacional", salientando que o arquipélago conseguiu resistir.
"A Madeira resistiu bem, embora não me contente em ficar só no resistir", sublinhou o líder madeirense, opinando que a região "tem futuro" desde que tenham os instrumentos necessários.
Jardim assegurou que nunca deixou de ter o projeto de "fazer da Madeira a Singapura do Atlântico".
"Vejo pessoas a copiar esse meu projeto. Cópias de má qualidade. É preciso fazer uma reformulação constitucional e querer alterar o sistema fiscal sem reforma constitucional, dizendo que não é possível é a conversa da direita portuguesa para manter as coisas como estão e os seus interesses imorais", referiu.





