Miguel Frasquilho: mesmo que Portugal faça “tudo certinho” precisará de “ajuda”

Miguel Frasquilho

O deputado do PSD, Miguel Frasquilho, reiterou que o IRS devia ser uma “prioridade” mas reconheceu também que “tendo em conta os objetivos orçamentais será difícil fazer concessões”. Quanto ao futuro mais próximo, e apesar de afirmar que “talvez sejamos empurrados para uma saída limpa”, considerou que mesmo que Portugal fala “tudo certinho” necessitará “de uma ajuda dos credores”.

No Fórum Políticas Públicas, uma iniciativa do ISCTE, o deputado social-democrata Miguel Frasquilho declarou que no pós troika mesmo que o país faça, até lá, “tudo certinho”, tal não é suficiente para pagar a dívida nacional, pelo que, na sua opinião, será necessário recorrer a “uma ajuda dos credores”, ou seja, a um programa cautelar.

“Precisamos de condições para pagar a nossa dívida”, defendeu Miguel Frasquilho, esclarecendo que a decisão sobre o pós-troika “não é só de Portugal” mas também da Europa, antevendo nesse sentido que “talvez sejamos empurrados para uma saída limpa como a Irlanda”.

Miguel Frasquilho revelou que ficou surpreendido com o desempenho económico, declarando que “a economia acabou por virar com um dinamismo que, sinceramente, me surpreendeu”. Ainda assim, lamentou que “tivesse que vir uma troika estrangeira dizer-nos o que tínhamos que fazer” e pior que isso, “a um ritmo desadequado”.

Mas, alertou, o caminho continuará a ser “muito doloroso, não há volta a dar”, acrescentando que “se decidíssemos unilateralmente não pagar [a dívida] seria [ainda mais] terrível”, pelo que “a nossa melhor opção continua a ser cumprir”.

Nestas declarações no âmbito do Fórum Políticas Públicas, o deputado ‘laranja’ recuperou também a questão da política fiscal, defendendo que o IRS deveria ser uma “prioridade” mas dados os “objetivos orçamentais será difícil fazer concessões nesse imposto”.

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