Estudantes de Medicina rastreiam população do Porto
Estudantes de Medicina realizam até sexta-feira rastreios gratuitos à diabetes e à tensão arterial da população do Porto, esperando superar números de 2013, ano em que avaliaram mais de 700 pessoas, disseram hoje os promotores da iniciativa.
Clotilde Osório, membro da Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, responsável pelo rastreio, disse também que a iniciativa surge no âmbito de uma "Semana da Saúde e Bem-Estar" e na sequência das comemorações do dia mundial da saúde, que se assinalou na segunda-feira.
Explicou que os rastreios decorreram hoje junto à Reitoria Universitária do Porto, na praça Gomes Teixeira, e prosseguem na quinta-feira no mesmo local. Na sexta-feira, faz-se no bairro do Cerco, também no Porto.
Além dos rastreios à glicemia e à tensão arterial por estudantes da FMUP, estiveram presentes desde segunda-feira e até hoje alunos da Faculdade de Ciências da Nutrição da Universidade do Porto, que realizaram ações de sensibilização para uma alimentação saudável.
Os estudantes que realizam os rastreios medem os valores e aconselham quem tiver os valores demasiado altos a marcar uma consulta no médico, além da "sensibilização no que toca ao exercício físico e à alimentação", explicou a responsável.
O local de rastreio mudou este ano, para a praça Gomes Teixeira, para "chegar ao maior número de pessoas, bem como para diversificar um bocadinho", afirmou Clotilde Osório.
"Passa por aqui muita gente, acho o local muito bom", reforçou Maria Helena Martins, que passou pelo local e quis ser rastreada, já que é "pré-diabética", algo que descobriu num rastreio deste tipo, tendo de ser controlada frequentemente.
"Um dia fui à missa e estava lá um rastreio, a minha mãe foi medir as tensões e eu também aproveitei para o fazer, e elas picaram-me o dedo e descobriram que era pré-diabética", contou Maria Helena, de 68 anos.
O local de rastreio muda-se na sexta-feira para o bairro do Cerco, no Porto, depois de em 2013 a Associação de Estudantes ter "gostado muito" da experiência, pelo que "tinha toda a lógica repetir este ano", explicou a responsável.
Domingo Zamora, espanhol de 26 anos a estudar no Porto, disse à Lusa que aceitou fazer o rastreio para "colaborar com os jovens com este impulso que querem dar à população no que toca à saúde e alimentação".
Joaquim Montenegro é diabético e tem 65 anos, daí frequentar este tipo de testes, pela necessidade de "controlar frequentemente os níveis, para ter cuidado", adiantando que o rastreio e a sensibilização foram "muito bons".
A Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina pretende ainda organizar várias tertúlias "sobre a saúde reprodutiva, nos cafés próximos do polo da Asprela", agendado para "antes da Queima das Fitas", além de uma maratona, que foi entretanto adiada para setembro.




