Cancelamentos de voos da TAP devem-se a “crescimento da procura”

TAP

O presidente do Turismo de Portugal defendeu hoje que os cancelamentos de voos da TAP estão relacionados com "o enorme crescimento da procura" e desvalorizou os incidentes recentes com aviões da companhia aérea nacional.

"É um pau de dois bicos, porque boa parte dos problemas de transporte aéreo também têm a ver com o enorme crescimento da procura", afirmou à Lusa João Cotrim de Figueiredo, considerando que se trata de "uma crise de crescimento".

O responsável do Turismo de Portugal sublinhou que mais de 600 mil pessoas visitaram Portugal até maio face ao período homólogo, considerando que "é natural que haja alguns problemas logísticos".

"Não é agradável nem desejável, mas crescimentos desta ordem causam problemas a companhias que não têm uma frota parada. Sabemos que a TAP é muito eficaz na forma de gerir a sua frota", acrescentou.

João Cotrim de Figueiredo desvalorizou os incidentes recentes – o último na manhã de sábado – com aviões da companhia liderada por Fernando Pinto, considerando que "a TAP continua a ter a imagem de companhia europeia mais segura".

"Não acredito que esses dois acidentes isolados façam qualquer espécie de mossa na reputação da TAP", acrescentou.

A TAP vai cancelar 14 ligações entre hoje e quarta-feira, tendo a maioria origem e destino cidades europeias, o que a companhia atribui à falta de aviões para assegurar os voos programados.

De acordo com a última informação sobre voos na página da ANA, a companhia aérea portuguesa cancelou hoje ligações de Lisboa com destino a Praga e Munique e seis ligações com destino ao aeroporto de Lisboa, provenientes de Amesterdão, Bolonha, Belgrado, Boavista (Cabo verde), Munique e Praga.

Na programação de quarta-feira, a TAP vai cancelar as ligações de Lisboa para Londres (Gatwick), Bruxelas, Gotemburgo e Roma e, no sentido oposto, de Londres e Bruxelas.

Fonte oficial da companhia aérea nacional disse à Lusa que os cancelamentos nestes dois dias em número "superior à média" resultam do atraso na entrega de quatro aviões que a TAP comprou para responder ao aumento da oferta de voos e de destinos.

"Sempre que possível os passageiros são contactados, sendo-lhes dado alternativas que existem. Todos os trabalhadores estão a fazer o máximo para minimizar os inconvenientes para os passageiros", adiantou à Lusa a mesma fonte.

Ainda não é possível prever os impactos nas ligações nos próximos dias, estando a normalização da situação dependente da "da entrega e da certificação de quatro novos aviões".

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