Protestos pela democracia: Dezenas de milhares voltam às ruas de Hong Kong
Após um fim de semana marcado pelos confrontos entre manifestantes pró-democracia e as forças de segurança, dezenas de milhares de pessoas voltaram hoje, segunda-feira, às ruas do centro de Hong Kong, num ambiente marcado pela tensão mas também pela confraternização e respeito pelas regras.
Melhor exemplo deste último caso é relatado esta tarde pelo site do South China Morning Post: estão milhares de pessoas junto ao Monumento à Guerra mas ninguém pisa ou se senta na relva que existe em seu redor, tendo a placa que existe habitualmente no local sido substituída por um cartão manuscrito onde se pede para que não se pise a relva.
Os manifestantes são maioritariamente jovens, mas não só. Há gente um pouco de todas as idades, tendo-se mesmo organizado, durante o serão (em Hong Kong são mais sete horas do que em Lisboa), vários churrascos mais ou menos improvisados, para matar a fome a quem se recusa a arredar pé.
Os protestos que se iniciaram no fim de semana levaram mesmo a que várias escolas e bancos não abrissem portas esta segunda-feira.
Segundo a BBC, o ambiente hoje mantém-se tenso, mas menos do que em dias anteriores, até porque a presença policial foi reduzida.
No domingo à noite, a polícia de intervenção dispersou manifestações utilizando gás lacrimogéneo e pimenta sobre a multidão.
As manifestações iniciaram-se em protesto pelas alterações ao sistema político de Hong Kong imposto por Pequim, que visa permitir a realização de eleições diretas apenas com candidatos que sejam previamente aprovados pela China.