Diferencial salarial entre homens e mulheres acentuou-se em Portugal desde 1985
Os salários das mulheres são mais baixos do que os dos homens e a diferença aumenta com o nível de qualificação. Por outro lado, segundo dados destacados na imprensa deste domingo, a propósito do Dia Internacional da Mulher, o diferencial da remuneração acentuou-se nos últimos 30 anos nos cargos de topo da hierarquia.
Segundo indicadores da Pordata explicados pelo jornal Público, a remuneração base média das portuguesas que trabalham por conta de outrem é sempre inferior à dos homens.
A maior diferença surge entre os quadros superiores (27,5%), enquanto que na categoria dos profissionais não qualificados, «o hiato não vai além dos 12%», escreve o jornal.
Entre os quadros superiores, elas auferem cerca de 1 724 euros por mês, eles recebem 2 377 €. Se este diferencial era de 27,5% em 2012, o tempo não o esbateu, já que, em 1985, as mulheres ganhavam menos 19,7% do que os homens.
Já o Diário de Notícias, que também destaca o tema (mas a nível global, com dados da OIT), salienta que a disparidade de salários das mulheres após a maternidade aumentou nas últimas duas décadas, enquanto que pouco evoluiu no que respeita à comparação com os salários dos homens.
O diário faz referência ao estudo que a Organização Internacional do Trabalho divulgou na última semana, a propósito do Dia Internacional da Mulher, para referir que, em média, as mulheres ainda ganham menos 23% do que os homens.
Ao ritmo verificado nos últimos 20 anos, a diferença de salários conforme o género não irá desaparecer nos próximos 70 anos.





