Estádios do Mundial 2014 são hoje “elefantes brancos”
Presidente da Ordem dos Economistas do Brasil diz que a "fúria construtora" prossegue por causa da realização dos Jogos Olímpicos, no próximo ano.
O presidente da Ordem dos Economistas do Brasil, Manuel Garcia, afirma que os estádios construídos para o Mundial de Futebol 2014 revelam-se hoje uns "verdadeiros elefantes brancos".
Cada um dos três maiores estádios construídos acumula um prejuízo a rondar um milhão de euros.
"Gastaram-se verdadeiras fortunas para se realizarem um, dois ou três jogos, e isso gerou uma despesa enorme e não há receita para fazer os pagamentos".
Manuel Garcia diz que se imaginou no país que "os estádios iriam devolver para a sociedade aquilo que se gastou, mas isso não acontece porque, em muitos dos locais, não há volume de população para isso, nem não há essa cultura".
"As pessoas estão a morrer às portas de hospitais. O Brasil precisa de muitos hospitais, precisa de atendimento escolar e, infelizmente, a opção dos políticos foi pelos estádios", lamenta.
A "fúria construtora" no Brasil prossegue por causa da realização dos Jogos Olímpicos, no próximo ano, porque, segundo Manuel Garcia, "há políticos no Rio que sonham em alavancar uma candidatura para a Presidência da República com os Jogos Olímpicos, acreditando que o Brasil vai ter um número significativo de medalhas e vai ser campeão olímpico de futebol".





