Polícia Marítima reforça ação no Douro
O trabalho da Polícia Marítima da Régua intensifica-se no verão, altura em que se cruzam muitas embarcações no rio e onde, às vezes, é preciso parar o tráfego para deixar abastecer os aviões que combatem incêndios. Os olhares destes agentes estão concentrados na Via Navegável do Douro (VND), que é considerada a principal porta de entrada no Património Mundial da UNESCO e por onde chegam, a cada ano, mais turistas.
A delegação da Polícia Marítima (PM) da Régua, distrito de Vila Real, possui cinco elementos e tem uma área de jurisdição de 140 quilómetros, que vai desde a barragem de Carrapatelo até Barca d'Alva. A agência Lusa acompanhou uma patrulha pelo rio Douro, entre a albufeira da barragem de Bagaúste e o Pinhão. A bordo de um bote semirrígido, seguem os agentes Carlos Silva, Amílcar Costa e José Armando Ôlo que começam por abordar um barco alugado a um grupo de seis holandeses que estão a passear pelo Douro. Patrulha
A abordagem é feita em inglês pelo agente Carlos Silva que, ao mesmo tempo que pede os documentos do barco e do comandante, vai fazendo perguntas sobre como corre a viagem e se estão a gostar da paisagem de vinhedos em socalcos que os envolve e onde, nesta altura do ano, se vindima. José Ôlo analisa a documentação e explica que existem vários tipos de embarcações a navegar no Douro. Para cada uma é exigida uma documentação específica, mas em comum todas, por exemplo, têm que possuir o certificado de navegabilidade. Neste caso é também comprovado que o piloto do barco possui carta de desportista náutico.
Nos barcos marítimo-turísticos são ainda fiscalizados os meios de salvamento como coletes, boias ou sinais pirotécnicos ou se não é ultrapassada a lotação da embarcação. Depois de confirmado que está tudo em ordem, a patrulha avança. Mais à frente estão a decorrer obras na linha de caminho-de-ferro do Douro, cujo apoio é feito através de embarcações.
Do Pinhão parte um barco rabelo com alguns turistas a bordo. Aqui a fiscalização verificou que um dos documentos necessários, a taxa de farolagem, caducou. O comandante é identificado e será autuado. José Ôlo disse que não se trata de uma infração grave e a que coima ronda os 25 euros. É durante os meses de verão que se intensifica o trabalho dos agentes pois, "no pico" da época, chegam a cruzar-se no Douro centenas de embarcações turísticas e de recreio no mesmo dia.
Só na delegação da Régua estão registadas 1000 embarcações de recreio, mais 3500 na Capitania do Porto do Douro. Existem ainda 100 embarcações marítimo-turísticas a operar na VND.





