Pais fazem greve inédita aos TPC dos filhos
Os trabalhos para casa (conhecidos por TPC) "invadem o tempo das famílias" e "violam o direito ao lazer, a brincar e a participar em atividades artísticas e culturais" reconhecido no artigo 31.º da Convenção dos Direitos das Crianças.
A Confederação disponibilizou aos pais três cartas para entregarem nos respetivos estabelecimentos de ensino dos filhos – uma a pedir aos professores que não enviem trabalhos para casa nos fins de semana durante este mês; outra com o apelo ao encarregado de educação para subscrever uma petição sobre o tema; e a terceira a informar o professor de que o filho não fez os trabalhos "com base no direito constitucional das famílias em tomar as decisões que consideram mais adequadas no âmbito familiar, que tem caráter privado, não podendo a escola invadi-lo".
"Queremos recuperar o tempo em família aos fins de semana para estar com os nossos filhos", sublinha o presidente da Confederação, José Luis Pazos, citado pelo "El Mundo". "Também queremos que o modelo mude e se dê um salto qualitativo no sistema educativo. Há escolas noutros países que funcionam sem TPC, sem livros em papel e sem exames e obtêm magníficos resultados", argumenta.
A questão não é deixar de fazer TPC mas "dosear" a quantidade. Os alunos que gastam seis horas por semana a fazer trabalhos de casa reduzem em 70% as hipóteses de obterem fracos resultados escolares, revela um estudo da OCDE.





